Ranking: Saiba quem mais ganhou com a ressurreição dos seguros de Vida
O mercado dos seguros de Vida cresceu 35% em Portugal no ano passado. Fidelidade reforçou liderança e quota, mas houve companhias que duplicaram vendas. Veja o Ranking.
Se quase todo o mercado segurador aumentou vendas em 2024, no segmento Vida as seguradoras Mapfre, Real Vida, Generali Tranquilidade e BPI Vida e Pensões levaram essa subida ao extremo. Fidelidade reforçou liderança e tem uma quota de 30,7% do mercado e a Ocidental Vida levou o grupo Ageas Portugal a um crescimento de 59% e à manutenção do 2º lugar do ranking.

O BPI Vida e Pensões cresceu 63% para 745 milhões de euros de prémios emitidos em seguros de vida, com fortes posições nos produtos unit linked que lhes deu a liderança de mercado seja em formato PPR ou de seguro convencional.
No total, venda de seguros de Vida no ano passado atingiu 7.127 milhões de euros, superando por pouco o valor de 2019, o ano completo pré-Covid 19. No entanto, foram identificadas algumas causas como o aumento em 41% da subscrição de produtos de capitalização e de quase 50% em PPR.
Nos produtos de sucesso verificou-se que o aumento das taxas de juro proporcionou competitividade para investimentos em produtos de seguro de vida, tornando-os mais atrativos para os consumidores, situação que agora se começa a esbater. Também o lançamento de produtos dual, em que uma parte do investimento usufrui de garantia de capital e até de rendimento, e uma parte é unit linked (ligada a fundos de investimento), diminuiu a perceção de risco de muitos investidores mais prudentes e incentivou vendas.
O canal bancário continua a ser o mais utilizado na venda de seguros de Vida. Grandes ligações existem entre a Fidelidade e a CGD, a Ageas e o Millennium bcp, a BPI Vida e Pensões e o Santander Seguros com os bancos dos seus grupos, a GamaLife com o Novobanco, a Mapfre com o Bankinter e a Generali Tranquilidade a dar os primeiros passos no acordo com o Banco CTT. Ainda a Lusitania tem o acordo com a sua proprietária Montepio e a CA Vida distribui através do Crédito Agrícola.
No entanto, em 2025 também se deu um crescimento de vendas de 30% de produtos Vida pela mediação de seguros, acelerando a importância deste canal também no ramo Vida.
Quem utiliza bem este canal de mediação é a Real Vida, que não tem banco associado, e voltou em 2024 a ser um fenómeno ascender ao 6º lugar do ranking depois de ter quase duplicado o seu negócio para 490 milhões de euros. O crescimento deveu-se aos seus produtos não ligados, mas entrou no segmento dos produtos unit linked – aproveitando o know how em gestão de ativos que detém através da administração de Fundos de Pensões – e faturou 64 milhões de euros no primeiro ano.
A Mapfre subiu dois lugares para 7ª do ranking, com forte incidência na Bankinter Vida, uma seguradora ligada ao banco, mas totalmente gerida pela seguradora espanhola em Portugal.
A Generali Tranquilidade também começou a dar passos importantes na área dos seguros de Vida após começar a utilizar a rede dos CTT e do Banco CTT. Embora o segmento Vida seja a maior área de atividade da Generali a nível global, em Portugal a falta de canal bancário estava a atrasar o crescimento desta área. A Liberty – por enquanto sucursal designada Generali Seguros y Reaseguros – quebrou vendas.
A fechar o top 10 estão Zurich e Lusitania que, com crescimentos de 5% perderam três lugares no ranking. Ainda em relação a subidas de notar os 50% da Allianz que subiu um lugar, o mesmo sucedendo com a MetLife, apesar de uma subida de apenas 3%.
Foram 25 as companhias que fizeram seguros de Vida em Portugal, agrupáveis por ECOseguros – pela sua propriedade e gestão – em 21 diferentes de grupos. Os três primeiros grupos concentraram 59% das vendas, os cinco primeiros totalizaram 74% de quota de mercado, os dez primeiros 92,6%.
Veja o ranking:
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