Grupo Zurich fecha 2024 com lucros recorde de 7,8 mil milhões de dólares

O Grupo Zurich atingiu o recorde de 7,8 mil milhões de dólares de resultados operacionais (business operating profit – ‘BOP’) em 2024, mais 5% em termos homólogos. Segundo os resultados publicados pelo grupo segurador, o crescimento foi possível pelo forte impulso em todas as linhas de negócio, maiores lucros operacionais de sempre registados no negócio de propriedade e acidentes (P&C) e Vida; assim como pela redução do rácio combinado da seguradora Farmers Exchanges.

• No negócio de Vida, o BOP teve um aumento de 8% face a 2023, batendo o recorde de 2,2 mil milhões de dólares. Os prémios brutos emitidos subiram em linhas que requerem pouco investimento inicial para avançar, atingindo 29,6 mil milhões de dólares, com os negócios unit-linked e de proteção a aumentarem 6% numa base comparável. Em 2024, o grupo consolidou o negócio Vida numa única unidade para captar novas oportunidades de crescimento. A região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) beneficiou do forte desempenho dos negócios baseados em comissões, do crescimento da margem de serviço contratual (contractual service margin, CSM), de maiores resultados dos investimentos, de uma experiência favorável na Alemanha e no Reino Unido, bem como de aproximadamente 150 milhões de dólares em benefícios não recorrentes.
• O índice que mede a rentabilidade técnica dos seguros – rácio combinado (RC) – do Farmers Exchanges situou-se nos 91,4%, menos 11,9 pontos percentuais face ao ano anterior. Até um rácio combinado (RC) de 100% as empresas registam lucro técnico, assim, os resultados do grupo foram melhores em termos homólogos porque quanto mais essa percentagem cai significa que mais recebe em prémios do que paga por sinistros e custos gerais. Para a melhoria contribui o aumento dos prémios brutos emitidos em 4%.
• O negócio P&C aumentou a sua receita de seguros em 6% para 44,8 mil milhões de dólares melhorando o seu rácio combinado para 94,2%, uma melhoria em 0,2 pontos percentuais. O negócio registou um BOP de 4,2 mil milhões de euros, mais 8% em termos homólogos. No negócio de seguros comerciais na EMEA o volume dos prémios emitidos aumentou 7% numa base comparável, impulsionados pelo aumento dos volumes no setor imobiliário. Não obstante, o rácio combinado registou um aumento de 0,9 pontos percentuais para 92,3%. No retalho, o volume de prémios brutos emitidos cresceram 11% numa base comparável, sustentados por um aumento dos prémios de 5%. A região EMEA apresentou um forte crescimento da receita de 9% numa base comparável, impulsionado pelo reforço de 8% nos prémios dos seguros para automóveis e um aumento do volume líquido global de novos negócios.
• O grupo segurador estima que os incêndios na Califórnia resultarão em perdas antes dos impostos de 200 milhões de dólares incluindo os da Farmers Re.

“Continuamos a registar uma dinâmica positiva dos prémios no nosso negócio comercial e um ambiente saudável de preços no retalho, o que nos coloca fortes no início do novo ciclo para o qual já estabelecemos os nossos objetivos mais ambiciosos“, assinalou diretor-executivo do Grupo Zurich, Mario Greco.

O grupo propôs um dividendo de quase 30 euros por ação. Nos últimos oito anos, a Zurich distribuiu mais de 28 mil milhões de euros aos seus acionistas em dividendos em dinheiro e recompras de ações, contribuindo para um retorno total para os acionistas de 16% ao ano, indica a Zurich.

Em dezembro de 2024, a solvência situava-se em 252% (rácio calculado pelo modelo interno Swiss Solvency Test), acima do registado no mesmo período no ano passado de 234%. O grupo justifica a subida por movimentos de mercado favoráveis, criação de capital superior à acumulação de dividendos, bem como um impacto positivo da alienação de um portefólio de pagamentos aos clientes vitalício no Chile e a emissão de 500 milhões de dólares em dívida subordinada em outubro.

“Na Zurich Portugal também continuamos a ver crescer todos os nossos segmentos de negócio em resultado do lançamento de novos produtos e serviços Vida e Não Vida, da aceleração da nossa proposta para PMEs e do foco contínuo e dedicação aos nossos clientes e parceiros” afirmou Helene Westerlind, CEO da Zurich Portugal numa publicação do LinkedIn.

O conselho de administração irá propor a eleição de Thomas Jordan para o conselho na assembleia geral anual da Zurich, a realizar-se em 9 de abril de 2025.