Trabalhadores da Altice pedem conciliação à DGERT nas negociações com a empresa
Os sindicatos dos trabalhadores da Altice/Meo pediram a intervenção da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho após duas reuniões sobre salários em que não chegaram a acordo.
Os sindicatos dos trabalhadores da Altice/Meo pediram a intervenção da DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) depois de duas reuniões de negociações salariais em que não chegaram a acordo com a empresa, adiantaram, num comunicado.
Na nota, enviada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav), Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), as entidades indicaram que as sete estruturas sindicais que representam os trabalhadores, com exceção do STPT (Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal) reuniram-se na quarta-feira.
Decidiram, nesse encontro, “recorrer à DGERT para solicitar a conciliação” e marcaram um plenário, no Porto, para o dia 13 de março.
Segundo os sindicatos, uma reunião no dia 26 de fevereiro teve a presença de Ana Figueiredo, presidente executiva (CEO) da Altice/Meo “como os sindicatos solicitaram”, tendo a empresa mantido a “proposta de aumentos salariais da última reunião“, disseram.
Os sindicatos criticam que a Altice tenha apresentado quatro propostas, afirmando que a estratégia é de quem “não quer negociar”.
As propostas em causa passam por um aumento salarial de 0,3% e subida do subsídio de refeição de 60 cêntimos, para 9,60 euros/dia de trabalho; aumentos na tabela só nos salários mínimos, que os sindicatos dizem abranger 180 trabalhadores e um subsídio de refeição com um aumento de um euro/dia (10 euros); um aumento salarial de 0,6% em todos os salários, sem atualização do subsídio de alimentação; 12 euros de aumento para todos os trabalhadores no salário base, também sem atualização no subsídio de refeição.
Segundo os sindicatos, a empresa mantém 550 movimentos de evolução profissional, com efeitos a 01 de julho, afirmando que são “1,5 milhões nos salários para todos os trabalhadores e mais de 10 milhões para prémios e promoções, só para alguns”.
Outra reunião, em 28 de fevereiro foi “a tentativa derradeira sem novos argumentos”, disseram, tendo a empresa tentado “que os sindicatos dessem o acordo de princípio a uma proposta minimalista que não vai ao encontro dos trabalhadores”.
“Por pressão dos sete sindicatos subscritores deste comunicado, a empresa disse que aumentava o subsídio de refeição para 10,00 euros, mas nenhum deu acordo de princípio”. Por isso, “considerando estas propostas uma vergonha e que não respeita os trabalhadores”, decidiram reunir-se e “ponderar ações futuras”.
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