Tem certificados? Euribor a três meses já está abaixo de 2,5%
Se tem Certificados de Aforro da Série F, prepare-se para sofrer uma revisão em baixa da remuneração. Euribor a três meses já está abaixo de 2,5%, a taxa máxima que pagam os certificados.
Há meses que as Euribor estão em queda para alívio dos bolsos das famílias que estão a pagar o empréstimo da casa ao banco. Mas se a descida das taxas de juro está a beneficiar quem está endividado, representa ao mesmo tempo uma má notícia para os aforradores. É o caso de quem tem Certificados de Aforro, que vai muito em breve ser penalizado com uma revisão em baixa da remuneração das suas poupanças.
O que acontece é que a Euribor a três meses, que é usada para calcular a remuneração dos Certificados de Aforro, já se encontra abaixo da fasquia de 2,5%, depois de ter recuado esta quarta-feira para 2,499%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2023. A Euribor a seis meses caiu para 2,389% e no prazo a 12 meses recuou para 2,400%.
Até agora, os certificados estiveram ‘imunes’ à descida da Euribor a três meses, dado que esta taxa se manteve sempre acima de 2,5%, o máximo que aqueles títulos podem pagar como remuneração base. O cenário muda a partir do momento em que a Euribor baixou dessa fasquia.
Taxas Euribor já estão abaixo de 2,5%
Fonte: Refinitiv
A remuneração dos Certificados de Aforro é determinada no antepenúltimo dia útil do mês através da média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores.
Tudo aponta para que essa média ainda se situe acima de 2,5% em fevereiro, pelo que os certificados ainda vão pagar o máximo possível em março. Mas no próximo mês (para vigorar em abril) a taxa já vai cair.
Em todo o caso, assumindo as alternativas de poupança disponíveis para o mesmo nível de segurança, os Certificados de Aforro continuam a ser mais atrativos do que os depósitos bancários. Os bancos estão há vários meses a cortar a remuneração dos depósitos. Em dezembro as novas aplicações renderam apenas 2,16%. Esta é mesmo uma das razões para o facto de o investimento em Certificados de Aforro ter superado pela primeira vez os 35 mil milhões de euros.
De acordo com o IGCP, para 2025 estão previstas emissões líquidas de certificados (incluindo de Aforro e do Tesouro) de 2,5 mil milhões de euros, estando previsto o regresso das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), que virá alargar a oferta de produtos de poupança do Estado junto dos pequenos aforradores.
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